Aqui há emprego (SIC)

No dia 3 a SIC transmitiu uma Grande Reportagem com o tema “onde estão e para onde caminham as necessidades do mercado de trabalho”. Para quem não viu, aconselho.

Nos tempos em que só se fala de “crise”, são realçados casos de sucesso e áreas emergentes onde a dita crise não passa de um rumor. Sabe-se que em algumas áreas de estudo/trabalho o mercado está saturado e a ideia geral é que muitos licenciados vão para o desemprego. No entanto, é referida uma empresa na área das energias renováveis que emprega 90% de licenciados! É certo que essa seria uma das tais áreas emergentes, mas o facto reflecte uma das ideias passadas pela reportagem: o mercado não está saturado de pessoas com formação superior. Na área das tecnologias de informação essa insaturação é clara (pelo menos nos últimos tempos) e a Critical Software (referida na reportagem) é mais um (bom) exemplo disso.

A produtividade depende cada vez mais dos recursos humanos qualificados e do saber.

O trabalho não qualificado é cada vez mais vulnerável às flutuações da economia.” (Crise, anyone?)

Além destas citações há outro trecho que gostei porque nunca tinha pensado nisso desse ponto de vista. Os pais apontam os defeitos aos filhos para os corrigir (ok, é educação, mas sigam a ideia); na escola, quando se é mau numa disciplina há que estudar, estudar, eventualmente arranjar explicadores, ou seja, investe-se naquilo que não se tem jeito; as empresas fazem certas avaliações e apontam pontos fracos a melhorar. “Temos uma história de vida em que andamos a recuperar aquilo em que somos fracos”. Talvez seja um pouco exagero, mas concordo com a ideia geral: há que apostar naquilo em que somos bons; há que apostar na formação superior e especializada para se “produzir” com mais eficácia e mais qualidade. Ou então deixamos a Critical andar à procura no “mundo inteiro” e o hospital de Santarém ter felta de médicos pela quinta vez em 3 anos e não conseguir preencher vagas.

Hoje a SIC voltou a falar de emprego, numa perspectiva optimista (acho bem melhor tentar mostrar soluções/alternativas do que lamentos). Ambas as reportagens (assim como outras do canal) tinham, a meu ver, bastante qualidade.

Já agora aproveito para deixar um link para uns relatórios sobre o desemprego entre os diplomados com habilitação superior, elaborado pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do MTCES (nunca tinha ouvido falar…).

Task Shuffle

Quem está habituado a reordenar tabs no browser e fechá-las com o botão central do rato, provevelmente já terá tentado fazer o mesmo na taskbar do Windows. Eu pelo menos já tinha pensado uma ou duas vezes que isso até dava jeito. Uma pequena pesquisa e dei com o task shuffle, uma tool que permite drag and drop sobre a taskbar, fechar tabs com o botão central do rato e mais umas coisas sobre grupos de janela. Ah, e sobre o system tray também, se bem que não vejo tanta utilidade. Para além das funcionalidades, a memória ocupada é muito pouca (~400 K), pelo que não “incomoda”.