Jennifer Perret é a responsável mundial pelo Microsoft Student Partners e pelo contacto com os estudantes e professores universitários. Hoje ela esteve no ISEL com o Vítor Santos para uma "conversa" com alguns alunos e professores; juntei alguns colegas e um membro do Lab.NET e lá fomos nós. O objectivo era dar feedback sobre as tecnologias Microsoft (utilização ou falta dela), sobre as acções para com os estudantes e para com os professores, sobre a facilidade (ou não) de acesso à informação… enfim, tudo o que possa ter a ver com a relação Microsoft/mundo universitário.
Começou-se pela conversa de café (literalmente, porque eles foram tomar o pequeno-almoço :P) e depois andou-se à volta de dois temas principais: o ponto de vista dos estudantes e o dos professores. Estas são duas das áreas em que a Jennifer está a trabalhar; uma outra é, por exemplo, o contacto com os MVP (Most Valuable Professionals). Nesta última, a Jennifer diz que cada vez mais os profissionais mostram interesse em interagir com os estudantes! Uma boa tendência já que somos os profissionais do futuro.
Os professores começaram por falar um pouco sobre o historial do ensino de .NET no ISEL: desde o lançamento que um pequeno grupo se dedicou ao estudo, passando depois a informação a outros professores, inclusivé de outras universidades, tendo sido os primeiros a incluir essas tecnologias nos planos curriculares. A esse nível surgiu uma necessidade de acesso a informação sobre as tecnologias quando estas estão ainda a emergir (versões alfa e beta). Os professores sugeriram que seria óptimo ter a possibilidade de trocar ideias ou obter respostas concisas sobre pormenores mais técnicos directamente com as equipas de trabalho das tecnologias em questão. Um outro ponto ainda relacionado é o facto de muitos dos livros existentes sobre várias tecnologias serem demasiado superficiais para o estudo dos docentes, nomeadamente por parte da Microsoft Press. em alguns casos outras editoras têm bibliografia de maior qualidade. A Jennifer diz que esse facto (publicações de outras editoras) acaba por ser bom e que têm tentado incentivar mais publicações como essas, mostrando que são necessárias.
Um pouco na continuação da dificuldade de acess a informação mais detalhada foi apontado de uma forma geral o seguinte: a MS tem apostado bastante nos estudantes e também nos profissionais, deixando por vezes um pouco de lado os professores/investigadores universitários.
No que toca à vertente "estudantes" começou-se por falar um pouco sobre os MSP’s e como devem apostar no contacto com outros estudantes. Em seguida apresentou-se o Lab.NET e discutiram-se novas formas de o dinamizar; uma delas seria seguir o exemplo de Espanha ou do Brasil em que existem "clubes" de estudantes que se juntam periodicamente para trocar ideias de forma descontraida. Já tinha surgido um ideia parecida pelo pessoal do Lab.NET…vamos tentar levar isso para a frente, até porque é um bom ponto de partida para depois chegar ao resto dos estudantes. Depois chegámos à lista de pedidos "de natal" 🙂 que incluía pontos gerais e alguns mais "ISEL oriented". Por exemplo:
- facilitar o acesso a bibliografia – os livros sobre tecnologa são, em geral, bastante caros! A Jennifer disse que a Microsoft está a apostar na "informatização" de livros,; aí sugerimos que poderiam disponibilizar alguns títulos no MSDNAA. Ficou a promessa de pensar nisso a sério 🙂
- TechDays "versão estudantes" – aqui o pedido foi mais virado para a MS Portugal. Ficaram umas ideias..vamos aguardar
- Trazer para o ISEL um dos KIT’s de sistemas embebidos, que executam instruções directamente sobre a plataforma .NET. Parece que vai passar pelo ISEL e outras universidades! 🙂
- Incluir o ISEL na lista de universidades com acesso ao RDK do Singularity, SO "quase todo" managed da Microoft Research
- Estágios de verão para estudantes na MS ou em parceiros
Falaram-se ainda de temas como as recentes publicações do código fonte de grande parte da plataforma .NET e da utilidade académica que podem ter e as novas adições de software ao MSDNAA. Foi uma conversa produtiva e bastante descontraída. Acho que aproveitámos bem o "privilégio" da visita e que o feedback obtido foi bastante positivo nos dois sentidos…espero que tenha frutos 🙂